Avisa lá

Avisa lá que eu voltei!
Voltei pra terra dos sonhos. A realidade que doi e cansa me comprou as passagens de volta. Não tenho pressa de tentar novamente.
Avisa que eu dessa vez trouxe sementes, que tenho mãos cansadas, que estou mais atenda.
Avisa lá que tem gente no mundo real que está perdendo a capacidade de sentir, que está vivendo sem motivação, que não consegue ver Deus nas pequenas coisas e que nem sabem o que é milagre.
Avisa la que eu senti coisas novas, que eu acho que amei, mas que o amor não foi correspondido.
Avisa que eu chorei mas passou, que ainda sou a mesma menina alegre, que aprende com experiencias que não fazem mal a ninguém. Avisa que eu não trouxe o celular.
Voltei pra meus projetos antigos, e sozinha remonto o caminho que Deus me deu. Que seria bom ter alguém que me ajudasse?, me trouxesse agua?, me fizesse rir das coisas bobas que falo?, isso seria bom, mas não foi dessa vez... Avisa lá que voltei a esperar.
Avisa que na realidade não encontrei meninas como eu, me senti alienígena, senti olhares diferentes, mas gostei. Gostei de saber que sou rara, preciosa e especial. Avisa lá que continuo assim!
As pessoas continuam sedentas, mas matam a sede com coisas materiais, formações profissionais, e mal sabem o porque de estar fazendo isso. São infelizes, desmotivadas, sem paz. Avisa lá que eu falei do amor. Do amor de Deus que me guarda enquanto estou viva. Avisa que vale a pena esperar, vale a pena viver em Deus a espera, e vale a pena sentir a paz que os outros buscam.
Avisa lá que voltei para os sonhos, que vou plantar minhas sementes aqui, e ver resultados na realidade seca e difícil. Avisa que eu ainda prefiro os sonhos, dos mais impossiveis. Que eu ainda tenho muita fé.
Não esqueça de avisar lá que eu voltei, que eu sou um pouco mais madura, que ganhei mais um sorriso, que não tenho pressa e acredito que só se pode viver em plenitude quem faz de Deus seu refúgio secreto.
Avisa lá que eu voltei...
Beijos da Tilim

Estou aprendendo a te esquecer

Estou aprendendo a esquecer você.
Descobrindo algumas ferramentas que com o tempo tem anestesiado a dor. Saber que é melhor assim já é o início, depois vem a parte difícil de me livrar de objetos que lembre você, que tenha seu nome.
 Depois, evitar olhar para lugares que me fazem lembrar...
 Descobri que posso fazer outras coisas que me distraem enquanto preciso te esquecer. Me dedico mais aos estudos, cuido mais de mim, conheço outras pessoas, deixo de pensar em você.
A parte mais difícil é deixar de ver as fotos que você mandou só pra mim e que mais ninguém tem, mas consegui e a dor é subtituida por uma anestesia. Já não sinto dor só pena de não ter dado certo.
E faço papel de madura e te escrevo, crio laço de amizade, porque sua amizade é maior que a decepção e ilusão que criei. Nossa conversa é do mesmo estilo, alegre e divertida, mas já não te chamo de elogios que antes eram frequentes, já não mando fotos e já não peço.Voce parece o mesmo.
E depois que conversamos descubro que aparece aquele sentimento de ter feito ou não a coisa certa, e começo a lembrar dos projetos que havia feito em minha mente, dos encontros divertidos que teríamos, e nesse momento, em meio a ilusão corto o pensamento, como um tapa na cara, me acordo do sonho, não me iludo mais e deixo as coisas como estão.
Antes de dormir te escrevia algumas palavras, hoje quando vejo que nada mudou em você desisto de vez. Meu ato de desistir não te motivou a nada. Pena que minha dedução segue sendo exata e dessa vez não foi culpa minha. Eu tentei, como não havia tentado antes. Eu pensei, criei a ilusão, orei para dar certo, mas as vezes é improvavel as respostas que recebemos. Não conhecia alguém que fosse incapaz de sentir.
E enquanto sigo o percurso da vida não busco respostas, só sigo caminhando e pouco a pouco te deixo pra tras.
Não quero olhar e não vou.
Não vou pedir mais que lute por mim, que me queira, que me procure porque você já começou assim. Descobri contigo que relacionamento não se constrói com boas intenções, mas com sentimentos que nos motivam. Intenções deixamos para os profissionais do trabalho, sentimento é algo como a caridade (se deve ver em ações).
Eu não me iludo e não é por orgulho. É triste ver sua preguiça, sua desistencia, sua incapacidade. É triste como ver um vaso furado (tanto potencial) mas vazio. Triste saber que você pode, que você sabe que pode, que você consegue, mas nem tenta. Triste como saber que pra você não vale a pena.
Com o tempo descubro que a cada dia estou aprendendo a esperar sozinha. Esperar ser surpreendida. Não é de hoje que espero uma atitude das pessoas como as que eu faria. Posso não controlar o que penso mas posso controlar minhas ações quanto a isso. Prefiro pensar que estou fazendo o certo a esperar que você não faça nada.
Como uma vela acesa apago com os dedos o que poderia ter acontecido entre a gente. E se a mente me faz lembrar e o fogo reacender eu novamente o apagarei. Nós somos a chama que a mantém, mas não se pode fazer fogo sozinho e eu aprendi. Quem se relaciona sozinho ve a vela acabar e não pode fazer nada. A dor é maior.
Melhor que seja agora, como está. Melhor eu deixar você e seguir. Você seguirá dando seu jeito de viver incapaz de amar esperando que alguem o cure. Esperando que alguém te libere dessa proteção que você criou, que te tire da anestesia. Mas não me preocupo mais com você. Você mostrou que sabe se cuidar sozinho até hoje! Querer alguém me faz livre...
E eu espero encontrar alguém que se apaixone por mim, que pense em mim, que sinta minha falta e que me procure. Que não espere que eu faça as perguntes e tenha as atitudes primeiro, que seja ousado mesmo com uma personalidade tímida. Eu quero sentir que alguém me quer, não pelo que eu já sei que eu sou, mas pelo que eu represento em sua vida.  Quero alguém capaz de amar e que não goste de estar sozinho e principalmente sem mim. Quero um inconformado, um guerreiro, um valente, que sabe o que quer e tem ações que revelam isso. Eu imaginei que você fosse assim...me enganei?
Eu estou aprendendo a esquecer você. Obrigada por entender.
beijos da Tilim